Deficiente visual utiliza software para ler Revista Científica do IBDFAM

Visando sempre um conteúdo acessível e didático, a Revista IBDFAM - Famílias e Sucessões quebrou uma importante barreira conquistando o primeiro leitor deficiente visual. Ele é Fernando Gaburri de Souza Lima, procurador do município de Natal (RN) e chefe da Procuradoria de Assistência Jurídica ao Cidadão, que realizou a leitura do material em formato PDF através de softwares instalados no seu computador.

De acordo com Fernando Gaburri, ele utiliza os softwares NVDA e Jaws for Windows para elaborar os seus trabalhos e fazer estudos pelo computador. Por isso, ele solicitou uma versão em PDF da 31ª edição da Revista Científica e ficou satisfeito com o acesso à leitura.

“Esses programas são facilmente instaláveis em qualquer computador com o sistema operacional Windows e proporcionam acesso das pessoas com deficiência visual, não só aos arquivos com extensão PDF, mas a todo o ambiente Windows, ressalvadas algumas poucas exceções”, afirma.

Após a leitura, Fernando Gaburri, que é professor na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN e no Centro Universitário do Rio Grande do Norte – UNI-RN, quis assinar a revista, solicitando que as edições fossem enviadas para ele em formato PDF, no qual o modo de leitura é simples pelo software. Para ele, qualquer pessoa com deficiência visual, ainda que iniciante na utilização do NVDA ou JAWS, teria fácil e confortável acesso ao seu conteúdo.

“O conteúdo da Revista é atual e de excelência, considerando os temas criteriosamente escolhidos e os autores de referência que colaboram para as suas edições periódicas. Trata-se de uma indispensável ferramenta de estudo e de trabalho que agrega as mais abalizadas doutrina e jurisprudência”, destaca.

Segundo o procurador, os pontos que podem dificultar a leitura por meio do software são as poucas páginas que possuem alguns gráficos. Fora isso, os artigos publicados na revista são de leituras simples e didáticas para os deficientes visuais pelo computador.

“Um único detalhe que levei ao conhecimento dos editores foi sobre algumas páginas iniciais que trazem em seu conteúdo apenas gráficos (imagens). Isso não me parece um ponto negativo, mas talvez esses gráficos pudessem ser acompanhados de uma breve descrição em texto. Os pontos positivos da revista são seu conteúdo e autores, estudiosos do direito de família e das sucessões que fomentam periodicamente, com seus artigos e análises de jurisprudência, debates sobre temas atuais e relevantes para uma atuação profissional de ponta, seja para aplicadores do Direito, seja para os docentes e pesquisadores”, diz.

Congresso Nacional do IBDFAM

Em tempo: Fernando Gaburri é um dos palestrantes do XII Congresso Nacional do IBDFAM. Ele falará sobre o tema: “Qual o impacto do PL 757/2015 com relação a direitos e garantias das pessoas com deficiência?”. Sexta-feira, 18 de outubro, às 9h40.

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